segunda-feira, 5 de outubro de 2009

EDP oferece energias renováveis a 50 mil refugiados no Quénia
A Fundação EDP vai lançar um grande projecto de responsabilidade social no campo de refugiados da ONU de Kakuma, no noroeste do Quénia (distrito de Turkana), que permitirá fornecer energia solar fotovoltaica e eólica à totalidade da população do campo, estimada em mais de 50 mil pessoas. O Projecto Kakuma, que arrancará em Janeiro de 2010, pretende quebrar o ciclo de pobreza dos refugiados e promover o desenvolvimento sustentável através de uma actuação integrada em todas as frentes: energia para cozinhar (fogões solares) e luz eléctrica para as famílias, iluminação das ruas, abastecimento e purificação de água, energia para os edifícios públicos (escolas, hospitais), empreendedorismo social, agricultura caseira e reflorestação de uma área de 10 hectares. (...) A população de refugiados é maioritariamente constituída por sudaneses fugidos da guerra no Darfur (51%) e somalis (36%), havendo ainda deslocados da Etiópia, Ruanda, Burundi, Congo, Uganda, Eritreia e Namíbia. A sua presença em Kakuma está a tornar-se insustentável em termos ambientais, devido ao esgotamento de aquíferos subterrâneos e à desflorestação provocada pelo consumo de lenha. E gera fortes tensões com a população local - os turkanas - no acesso aos recursos naturais. Com o avanço do deserto, a população do campo só encontra lenha a 50 a 100 km de distância, e esta tarefa é feita pelas mulheres, que têm de enfrentar elevadas temperaturas e ameaças acrescidas de violência sexual. As carências de energia nos edifícios públicos são grandes. Nos três hospitais do campo só há electricidade num máximo de cinco horas por dia e nas escolas, a falta de iluminação provoca insegurança, abandono escolar (em particular entre as raparigas) e dificuldades em atrair e reter professores e pessoal qualificado. E a bombagem de água dos aquíferos por geradores a diesel sai muito cara à ONU e às ONG. As carências de energia nos edifícios públicos são grandes. Nos três hospitais do campo só há electricidade num máximo de cinco horas por dia e nas escolas, a falta de iluminação provoca insegurança, abandono escolar (em particular entre as raparigas) e dificuldades em atrair e reter professores e pessoal qualificado. E a bombagem de água dos aquíferos por geradores a diesel sai muito cara à ONU e às ONG.

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