A Apisolar – Associação Portuguesa da Indústria Solar contesta o estudo que o BPI apresentou no final de Março, considerando que o relatório produzido pelo banco está "repleto de erros e omissões" e é "pouco rigoroso".
No seu estudo o banco presidido por Fernando Ulrich veio sugerir a não realização de novos projectos eólicos e fotovoltaicos em Portugal conforme previsto no Plano Nacional de Acção para as energias renováveis, até 2020. Uma opção que segundo o BPI se traduziria numa poupança de 10,9 mil milhões de euros [ver aqui]. A Apisolar não concorda. “Os custos de investimento da tecnologia [fotovoltaica] são hoje 25% inferiores aos mencionados, as tarifas consideradas estão inflacionadas no seu valor e no seu período de aplicação, a estimativa de evolução das tarifas está errada”, aponta a associação da indústria solar.
“Portugal está a desenvolver uma fileira industrial no solar fotovoltaico, com empresas de engenharia, fabrico e instalação de sistemas fotovoltaicos, com pretensão e capacidade para se afirmar também em mercados externos. Como se alavanca esta actividade sem um mercado interno?”, questiona a mesma entidade.
“Como é possível sugerir que se desinvista numa área tecnológica de elevado potencial futuro, sabendo-se que o preço da energia para a indústria não incorpora o chamado “sobrecusto das renováveis”, que aproveita os nossos recursos naturais e que é hoje criadora de empregos e geradora de fortes receitas em sede de IVA e IRC para o Estado?”, interroga ainda a Apisolar.
Críticas semelhantes, apontando vários erros ao estudo, já haviam sido feitas pelo presidente da Apren – Associação Portuguesa das Energias Renováveis, no início deste mês, em declarações de António Sá da Costa ao Negócios.
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