terça-feira, 16 de março de 2010

Extratos da entrevista ao Ministro da Economia no Público

Novo plano para a energia prevê investimento de 31 mil milhões
As energias renováveis são uma peça decisiva da estratégia com um triângulo decisivo que é a consolidação do investimento na hídrica, desenvolvimento do investimento eólico e valorização do sector com maior potencial de crescimento que é o solar. Isto não quer dizer que não dediquemos atenção à biomassa e à energia das ondas.
Reforça-se o solar em relação aos últimos anos?
Claramente. É o sector que terá, em 2020, não a dimensão que já têm as outras energias renováveis, porque ainda estamos numa fase de inovação tecnológica muito viva. Nem sequer os paradigmas tecnológicos do solar estão estabilizados, como estão há muito tempo na hídrica e começam a estar no eólico.
Globalmente, apontamos: aumentar para 8600 MW de capacidade instalada para hídrica, 8500 MW de eólica e atingir 1500 MW de solar em todas as dimensões (térmico e fotovoltaico).
Este plano acolhe a geração de mega-projectos solares como o que se prevê com o investimento da Luz.On no Alentejo?
Não o temos integrado na estratégia. Estes são valores que contamos como valores claramente realizáveis. O horizonte 2020 é suficientemente longo para que possam aparecer, nomeadamente no solar concentrado, soluções que tornem mais rentável e produtivo este sector. Mas aí estamos ainda muito no domínio da experimentação. Uma coisa é a valorização estratégica do sector, que consideramos ser eventualmente o mais poderoso no ponto de vista alternativa aos combustíveis tradicionais, outra coisa é colocá-lo no horizonte de 10 anos já ao nível de tecnologias que estão maduras, como a hídrica ou eólica., O ‘mix’ é desta ordem de grandeza, o que significa uma poupança/ano de cerca de 60 milhões de barris petróleo, mais ou menos dois mil milhões euros, a preços de hoje. Isto é, incluindo todas as renováveis.

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