segunda-feira, 11 de março de 2013

Universidade de Lisboa vai produzir energia solar

A Universidade de Lisboa (UL) vai começar a produzir energia através do sol. A instituição de ensino superior prepara-se para inaugurar, esta terça-feira, as suas primeiras centrais fotovoltaicas e prevê ter mais de 10.000 painéis solares instalados já em Outubro, o suficiente para abastecer 1.600 famílias.

Em declarações à Lusa, Márcia Vila, diretora do serviço de sustentabilidade do campus universitário, revelou que os painéis já estão instalados nas coberturas dos edifícios abrangidos pela primeira parte do projeto e em fase de ligação.
Na terça-feira será feita uma apresentação pública do projeto de minigeração de energia e da eficiência energética dos edifícios da UL, sendo que esta iniciativa está a ser desenvolvida em parceria com a Galp, sem custos para a universidade e com partilha das receitas obtidas com a venda de energia elétrica à rede.
A universidade conta com mais de 30 edifícios e o objetivo do projeto é abranger o máximo possível, para que todas as unidades orgânicas (faculdades e refeitórios) tenham uma central fotovoltaica instalada, referiu Márcia Vila.



Atualmente, está a ser efetuada a ligação de quatro unidades de produção de eletricidade. Os painéis fotovoltaicos (os primeiros 2.627) estão a ser colocados nas coberturas dos edifícios, nos parques de estacionamento e nas áreas de lazer.
Os equipamentos, instalados nos edifícios da Faculdade de Ciências, na Faculdade de Psicologia e Instituto de Educação e no Refeitório 1 vão produzir cerca de 1.028 Gwh de energia renovável por ano, "evitando assim a emissão anual de 12.106 toneladas de dióxido de carbono (CO2)", pode ler-se num documento divulgado pela UL e citado pela Lusa.
O projeto beneficia da "excelente orientação de alguns edifícios" a Sul e de outros já construídos para este fim, nomeadamente na Faculdade de Ciências. "Foram fatores decisivos para a existência de painéis solares fotovoltaicos, facilitando o melhor aproveitamento das coberturas", explica ainda a UL, que reclama o desenvolvimento de um projeto pioneiro a nível universitário em Portugal.
Segundo a instituição universitária, trata-se de um dos maiores projetos de energia elétrica a partir de fontes renováveis na cidade e nas instituições de ensino superior em Portugal. Além disso, o facto de ser instalado na própria universidade permite que o projeto seja estudado no local por recursos existentes na Academia.

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