terça-feira, 18 de setembro de 2012

Portal dá a conhecer o potencial energético solar das casas

JN
A agência municipal de energia de Lisboa, a Lisboa E-Nova [lançou a] Carta Potencial Solar da capital, uma ferramenta online que permite saber qual o potencial de instalação de sistemas solares nas coberturas das residências.(...) A carta [que] pode ser consultada no website da Lisboa E-Nova apresenta o "potencial de instalação de sistemas solares" nas residências lisboetas, de acordo com "a orientação e inclinação das coberturas, obstáculos e sombreamentos na envolvente". Além disso, a informação disponibilizada para cada cobertura é ainda complementada com a "estimativa da produtividade associada a coletores solares térmicos e sistemas solares fotovoltaicos instalados".
Segundo explicou Joana Fernandes, através da análise do potencial de todos os edifícios de Lisboa concluiu-se que "28% de todas as coberturas [residenciais] de Lisboa estão otimamente orientadas para o aproveitamento da energia solar", ou seja, recebem mais de 1600 quilowatts-hora por metro quadrado por ano de radiação solar, livres de obstáculos e sombreamentos. Outra das conclusões da carta é que utilizando 4% dessa área "otimamente orientada" seria possível satisfazer 70% das necessidades de águas quentes sanitárias de todas os residentes de Lisboa, adiantou Joana Fernandes.
Segundo uma nota da Lisboa E-Nova, "se a restante área [ótima] fosse aproveitada para a instalação de sistemas solares fotovoltaicos seria possível produzir cerca de 590 Gigawatt por ano, ou seja, 17% do consumo eléctrico do concelho de Lisboa". Este aproveitamento energético seria possível nas coberturas "otimamente" orientadas, normalmente viradas a sul, a coordenadora da Carta Potencial Solar de Lisboa acrescentou que as casas orientadas a Oeste (radiação da ordem dos 1400 quilowatts-hora por metro quadrado por ano) poderiam "colmatar cerca de 40% das necessidades elétricas de Lisboa através de tecnologias solares". Apesar de estas coberturas não terem uma orientação ótima, apresentam "valores sobejamente superiores aos registados na Europa Central onde estas tecnologias estão amplamente disseminadas".

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