sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Construção do parque eólico da ilha de Santiago arranca em Agosto

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Cabo Verde vai instalar quatro parques eólicos em outras tantas ilhas, com potência instalada de 28 megawatts, orçados em 84 milhões de dólares (70 milhões de euros), com as obras do primeiro, em Santiago, a arrancarem em Agosto. (...) Os quatro projectos – na Cidade da Praia (10MW), São Vicente (6MW), Sal (8MW) e Boavista (4MW) – estão a ser desenvolvidos pela Cabeólica, empresa mista integrada pelo Estado de Cabo Verde, Electra (empresa pública da distribuição de água e electricidade) e a InfraCO, uma entidade empresarial de doadores internacionais, que inclui, entre outros, o Banco Mundial (BM). Os projectos enquadram-se na estratégia do Governo cabo-verdiano em fazer subir a taxa de penetração das energias renováveis no arquipélago para os 25 por cento até 2020 – actualmente atinge apenas 2,3 por cento.
Até ao final de 2011, o Executivo de José Maria Neves pretende subir a taxa de penetração das renováveis para valores entre os 3,8 e os 4 por cento, tendo em conta que estão já em curso outros projectos ligados à construção de dois parques fotovoltaicos, através da empresa portuguesa Martifer, que pretende instalá-los em Santiago (5MW) e no Sal (2,5MW).
Assim que os projectos da Cabeólica e da Martifer estiverem concluídos, o que se prevê para finais de 2011, no primeiro caso, e ainda este ano, no segundo, Cabo Verde ficará com uma potência instalada de 35,5 megawatts, reduzindo significativamente a dependência do petróleo para fins energéticos e as emissões de dióxido de carbono.
O director geral da Energia cabo-verdiano, Abraão Lopes, relembrou que, por cada megawatt de potência, o Estado reduz as despesas com petróleo na ordem dos 30 milhões de escudos (272 mil euros), o que, multiplicado por 35,5 megawatts, levará, teoricamente, a uma poupança anual de 9,6 milhões de euros só em combustível. (...) Os especialistas do sector têm repectidamente afirmado que Cabo Verde tem “grande potencial” de energias renováveis – eólica, solar e geotérmica -, e o Governo cabo-verdiano atribuiu à Martifer um estudo neste domínio, que se prolongará até ao fim do ano, para determinar o que poderá mais ser feito. A ideia do Executivo cabo-verdiano é ter uma potência instalada de tal forma elevada, que permita garantir 25 por cento do consumo energético total do arquipélago até 2020, com a particularidade de a ilha mais pequena, Brava, poder tornar-se 100 por cento renovável se se comprovar a viabilidade de um projecto em estudo.

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